Após inundação, Paraguai pede para abater gado ilhado

Apesar do nível da água do Rio Paraguai na região de Porto Murtinho, a situação de famílias paraguaias que vivem do lado de lá da fronteira preocupa, inclusive as autoridades brasileiras. Segundo informações do jornal Correio do Estado, do lado paraguaio, 120 famílias estão em situação crítica e desabrigadas, devido à enchente provocada pelo aumento da água no rio Paraguai, que divide os dois países. A Ilha Margarida, por exemplo, está debaixo d’água e fazendeiros paraguaios pediram ao governador André Puccinelli (PMDB) para abaterem o gado no município sul-mato-grossense.

 

A matéria de Patrícia Belarmino mostra que, em Porto Murtinho, o rio chegou a 7,16, segundo o prefeito Heitor Miranda, e ontem estava em 6,81 metros. Cercado por um dique há 30 anos, o município sul-mato-grossense não foi atingido pelas águas do Rio Paraguai, mas 30 famílias ficaram desabrigadas no mês passado devido às chuvas fortes que atingiram Porto Murtinho. As bombas que retiram a água de dentro do dique não foram suficientes e algumas famílias tiveram que deixar suas casas.

Ontem, não havia mais desabrigados em Porto Murtinho, mas, nem por isso, o município estava livre de preocupação. Agora, o que preocupa é a situação dos vizinhos paraguaios. Localizada entre o território brasileiro e o paraguaio, a Ilha Margarida, pertencente ao Paraguai, está debaixo d’água. Segundo o governo vizinho, são 120 famílias que precisam de atendimento prioritário, pois estão sem casa e alimentos. Para abrigá-las, o governo paraguaio fará barracas de lona coletivas nos lugares mais altos. Na semana passada, o prefeito de Porto Murtinho esteve reunido com o vice-presidente paraguaio, Juan Afara.