Após cobrança do MPF, Ministério diz que já pagou R$ 1,2 bi para a Santa Casa

Após o MPF (Ministério Público Federal) entrar com ação cobrando o repasse mensal de mais R$ 4,8 milhões para o Hospital do Trauma de Campo Grande, o Ministério da Saúde afirmou que, desde 2018, já foi repassado mais de R$ 1,2 bilhão para a Santa Casa local, a qual a unidade de trauma está anexada.

Ambos os hospitais são geridos pela ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que recebe os recursos distribuídos pela prefeitura, mas originários de repasses federais, estaduais e de verba dos próprios cofres municipais.

Conforme a pasta federal, só em 2018 foram destinados para a alta e média complexidade R$ 799.393.976,26, enquanto que em 2019 o valor já chega a marca de R$ 494.353.073,75 – somando tudo, os recursos chegam ao número de R$ 1.293.747.050,01.

A nota ainda explica que o ministério ainda não foi notificado do ajuizamento da ação do MPF, e ainda diz que o valor mensal de R$ 6 milhões para contratualizado mensal com o Hospital do Trauma foi um pedido da gestão do local.

O MPF cobra mais R$ 4,8 milhões para repasse mensal alegando que, em negociação antes de 2019, ou seja, em gestões anteriores da atual do ministro e ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta (DEM), o valor prometido pela pasta era de R$ 6 milhões, mas apenas R$ 1,1 milhões foi contratualizado.

Recursos adicionais

Além dos R$ 1,2 bilhões, o ministério ainda indica que foram liberados Mato Grosso do Sul recebeu, através da SES (Secretaria Estadual de Saúde), R$ 13,3 milhões/abi oara custeio de procedimentos que incluem a unidade de trauma. Outros R$ 10 milhões também teriam sido repassados em dezembro para o município em emenda parlamentar.

Outros valores destacados foram R$ 6,9 milhões para construção do Hospital do Trauma, e quantia igual para equipar a mesma. Anualmente a Santa Casa também receberia mais R$ 21 milhões por oferecer atendimento 24h e outros R$ 18 milhões por “produção hospitalar”. Já na Rede Cegonha, são oferecidos R$ 4 milhões.

Caso a Justiça acate a liminar do MPF e obrigue o Ministério da Saúde a realizar o repasse adicional para a operacionalização do Hospital do Trauma, o valor anual a receber deve ficar próximo dos R$ 57,6 milhões.

 

 

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