Apagão revolta moradores de assentamentos rurais de Antônio João

O apagão provocado pela tempestade que atingiu municípios da região sul do Estado e fronteira com o Paraguai causou muitos transtornos e prejuízos para a população. Sem energia desde o dia 14 passado, moradores de dois assentamentos rurais de Antônio João fecharam nesta segunda-feira (18),  a rodovia estadual (MS-166) que interliga o município ao distrito de Cabeceira do Apa, em Ponta Porã.

Revoltados com a falta de solução para o problema, os produtores rurais cruzaram uma corda fechando todo o leito da rodovia. Apenas ambulâncias estava tendo a passagem liberada. Caminhões, caminhonetes, motocicletas e carros de passeio formaram congestionamentos nos dois sentidos. Os manifestantes cobram providências das autoridades e, principalmente, da Energisa, empresa de energia elétrica responsável pelo abastecimento.

Nos cartazes, os moradores dos assentamentos Bagagem e Vera Nilda reclamam que só são lembrados na hora de pagar a conta. “Somos esquecidos quando precisamos de manutenção dos serviços. Autoridades nos ajudem agora ou não poderemos ajudar vocês na eleição”, são algumas frases.

Os manifestantes também colocaram cartazes em que afirmam que “sem energia o agro para e sem o agro a cidade para”. Outros colocaram frases reclamando da falta de atendimento da empresa. “Energisa chega de descaso. Pagamos faturas altas e não temos atendimento. É muito prejuízo e pouco serviço por parte da Energisa”, reclamam os moradores.

Protesto por retorno da energia elétrica no Assentamento Bagagem, em Antônio João, teve fim após duas horas na MS-166. Conforme a presidente do assentamento, Cristiane Cavanha de Matos, de 37 anos, a eletricidade foi restabelecida por equipes da Energisa.

Os moradores, de acordo com Cristiane, estavam sem energia desde a última quinta-feira (14). Durante tempestade, a fiação do local foi afetada e, por isso, a comunidade se mobilizou para bloquear a estrada.

Durante o bloqueio, apenas veículos envolvidos em situações de emergência receberam liberação para passar pela MS-166. Com uma corda e placas de protesto, os moradores permaneceram no local.

Sobre a situação, o Campo Grande News solicitou nota retorno à Energisa, mas até o momento não houve retorno.

Fonte: Repórterms e Camporandenews