Aos 87 anos, morre um notável: o padre Bartomeu Melià

Por volta das 4h30 da sexta-feira, foi confirmada a morte do padre Bartomeu Melià, que estava em um estado delicado de saúde e havia sido hospitalizado por algum tempo em Taita Róga, na cidade de Assunção.
A saúde dos religiosos piorou por um mês após uma queda que causou uma lesão grave no quadril, conforme comentado pelo padre Gabriel Insaurralde, diretor do Instituto Superior de Estudos Humanísticos e Filosóficos (Isehf).

Melià nasceu em Porreres, Maiorca, em 1932, e se estabeleceu no Paraguai em 1954. Destacou-se por seu incansável trabalho em defesa das comunidades indígenas, especialmente as do povo Aché.

Liderou estudos etnológicos e antropológicos dos guarani e tornou-se um dos porta-estandartes na luta pela língua guarani.

Em junho deste ano, seu livro de artigos e ensaios chamado Diálogos da Língua Guarani foi apresentado na Feira Internacional do Livro de Assunção.

Em 2010, o pai recebeu o prêmio Bartolomé de Las Casas pela Embaixada da Espanha em Assunção.

Ele foi condecorado por sua entrega às causas dos povos indígenas do Paraguai, Brasil, Argentina e Bolívia; sua defesa firme e inabalável do povo aché e seu inestimável trabalho no campo como defensor da língua guarani.

A distinção também foi dada por sua contribuição à educação escolar dos povos indígenas e pelos estudos etnológicos e antropológicos dos povos Guarani.

Em dezembro de 2012, os religiosos receberam o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Católica de Assunção.

Esse reconhecimento deve-se ao seu prolífico trabalho a serviço da Igreja Católica, da cultura paraguaia e, principalmente, pelo acompanhamento intelectual e humano a favor dos povos originários do Paraguai.

amambay570