Amambay e Presidente Hayes são os mais afetados pelo abandono escolar

Este ano, 6,2% dos estudantes que frequentaram escolas e faculdades no país não se matricularam em 2018. O Presidente Hayes e Amambay são as áreas mais afetadas pela deserção. Fatores econômicos e repetição são algumas razões.
Um relatório do Ministério da Educação e Ciência (MEC) indica que, no período 2018-2019, a taxa de evasão foi de 6,2%. Ou seja, aqueles estudantes que frequentaram escolas e faculdades em 2018, não se inscreveram mais este ano. No período anterior, 2017-2018, o índice havia sido de 7,6%; Assim, o abandono escolar foi reduzido em apenas 1,4%.

O relatório levou em consideração os dados do RUE (Cadastro Único de Estudantes) em dois períodos, 2017-2018 e 2018-2019. Este relatório indica que é o Terceiro Ciclo da Educação Básica (EEB) no qual é relatada a maior porcentagem de estudantes que abandonam seus estudos. No período 2018-2019, oito em cada 100 matriculados no Terceiro Ciclo do ano letivo de 2018 não se inscreveram em nenhuma instituição educacional durante 2019.

Segundo o MEC, o presidente Hayes e Amambay são este ano os departamentos com o maior percentual de crianças e jovens que abandonaram o ensino médio, seguidos por Boquerón, Alto Paraguai e Canindeyú. Essas regiões estão entre as que apresentam os mais altos índices de pobreza e informalidade, além dos mais baixos indicadores de eficiência educacional, segundo o Observatório Educacional do Cidadão.

Estudos realizados pelo Observatório também indicam que entre 15 e 17 anos, 40% dos estudantes abandonam seus estudos devido a fatores econômicos. Muitos trabalham e sua renda é escassa. Entre 11 e 14 anos, eles ganham G. 480.000 por mês, enquanto entre 15 e 17 anos recebem G. 780.000 por mês. A repetição é outro fator preponderante.

Óscar Charotti, diretor da Together for Education e membro do Observatório, explicou que “quando se fala em abandono, o garoto é responsabilizado por abandonar a escola, quando é vítima de uma série de elementos”.

“Um dos fatores de desgaste é o baixo nível de aprendizado, que gera repetição, o que não apenas traz discriminação, mas o sistema educacional não apresenta uma estratégia diferente para a criança do que a metodologia com a qual o ano anterior não aprendeu. Disse Charotti.

Em estudantes de 15 a 17 anos, Charotti também destaca que, além do fator econômico, os motivos familiares são a razão do abandono de 16%. Esses motivos incluem, por exemplo, gravidez na adolescência.

Apenas 4 em cada 10 concluem a escola

Além de abandonar a escola, dados oficiais indicam que em nosso país a taxa de saída atual é de 46%. Ou seja, apenas quatro em cada dez crianças terminam a escola e a faculdade; Os 12 anos de aprendizado. Esses dados foram comemorados nesta semana pelo ministro da Educação, Eduardo Petta, que argumenta que o Paraguai nunca chegou a 50% e, pela primeira vez, está prestes a alcançá-lo.

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