Alegando o uso de tonfa e arma de fogo, guarda municipal ameaça esposa na Capital

Mulher de 24 anos procurou a polícia na noite desta quinta-feira (26) para denunciar o marido por ameaça. O fato aconteceu na Rua Conde de Boa Vista, no Jardim Tijuca, na região sudoeste de Campo Grande.

Conforme o boletim registrado pela jovem, ela ressaltou que o marido é guarda municipal e que ele é uma pessoa agressiva e constantemente a ameaça. Na noite de ontem, o marido a agrediu com empurrões e jogou seus pertences na varanda da casa mandando-a embora.

A mulher disse à polícia que o marido estava bastante descontrolado e que fez muitas ameaças dizendo que “a casa é minha se você continuar aqui eu vou te pegar, vou acabar com suas coisas”, gritou ele para a esposa.

Muita assustada com o comportamento do marido, ela deixou a casa. A jovem disse que essa não é a primeira vez que o marido a ameaça, que teve certa ocasião que ele utilizou até uma faca para amedrontá-la.

A vítima ainda afirmou aos policiais que por ele ser guarda municipal sempre se vangloria pela profissão e tenta intimidá-la usando a tonfa – cassetete usado por policiais e guardas municipais.

A vítima também disse que a todo o momento o marido a ameaça dizendo “Agora nós vamos andar armados, vamos ter porte de arma, estou louco para ter a minha arma”, motivo que a levou a registrar um boletim de ocorrência contra ele.

A mulher também disse que o marido é desequilibrado para possuir arma. A vítima revelou que um amigo do marido, que segundo ela também é guarda municipal, foi até a casa do casal ajudá-lo com as ameaças.

A vítima relatou aos policias que ele a xingou com palavras de baixo calão. “Sua vadia se você disser algo, você vai ver”, afirmou o amigo. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, como ameaça (violência doméstica).

Guarda armada

Enquanto a sociedade discute sobre o uso de armas pela Guarda Municipal de Campo Grande, o caso acima retrata o despreparo desses profissionais. A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) alega que o município ainda não está apto juridicamente para atribuir porte de arma aos guardas municipais, mesmo o Estatuto do Desarmamento prevendo que em municípios acima de 500 mil habitantes os agentes podem portar arma.

A discussão está baseada na necessidade de uma qualificação, com treinamento e capacitação técnica para a categoria. A sociedade quer a Guarda Municipal esteja qualificada e autorizada para ter o porte de arma. 

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