Agência de Energia prorroga por mais dois anos intervenção na Enersul

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) prorrogou por dois anos o prazo de intervenção em oito distribuidoras controladas pelo Grupo Rede, incluindo a Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul), responsável pelo fornecimento de energia elétrica em 74 dos 79 municípios do Estado.

 

Além de MS, o Grupo Rede atua em Tocantins, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. A intervenção foi aprovada em agosto de 2012, quando o órgão regulador avaliou que o endividamento das concessionárias colocava em risco a prestação adequada dos serviços.

 

A Enersul está sendo dirigida por Jerson Kelman, que foi indicado como interventor da concessionária pela Aneel.

 

Além da Enersul, a decisão atinge a Centrais Mato-grossenses, Companhia Força e Luz do Oeste, Caiuá Distribuição, Empresa Elétrica Bragantina, Vale Paranapanema, Companhia Nacional de Energia Elétrica e Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins.

 

A lei que regulamenta a intervenção nas concessionárias de energia elétrica permite uma única prorrogação, pelo prazo máximo de dois anos. Mas a diretoria da Aneel espera que a intervenção nas distribuidoras possa ser encerrada o mais rapidamente possível, assim que houver uma solução para o Grupo Rede.

 

O Grupo Rede entrou em processo de recuperação judicial no ano passado e aguarda que a Justiça aprove o plano de recuperação apresentado pela Energisa. A assembleia de credores não chegou a um resultado conclusivo sobre a proposta da Energisa, que prevê o pagamento de R$ 1,95 bilhão a credores, além de um montante adicional de R$ 1,1 bilhão para investimentos.

 

A Centrais Elétricas do Pará, que também pertencia ao Grupo Rede, foi comprada pela Equatorial. No ano passado, a concessionária teve pedido de recuperação judicial apresentado pelo Grupo Rede. A intervenção nas demais distribuidoras foi aprovada justamente para evitar que também entrassem em processo de recuperação judicial.